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SIMEFRE comemora tombamento de patrimônio ferroviário paulista
19 de maio de 2022
O SIMEFRE, Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários comemorou o tombamento de bens ferroviários pelo Conselho do. Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).
O Condephaat publicou uma resolução com tombamento de 97 bens ferroviários, entre eles 17 locomotivas a vapor, com algumas raridades do século 19. Em outra resolução, foram tombados 55 bens ferroviários, incluindo locomotivas elétricas e as estações de Aguaí, na região norte do Estado, e de Varnhagen, em Iperó, no sudoeste paulista.
Dois conjuntos ferroviários, com estações do século 19, e 65 locomotivas antigas a vapor e elétricas, além de vagões e equipamentos, passaram a compor o patrimônio cultural do Estado de São Paulo.
Este é o maior “pacote” de tombamento de bens do patrimônio ferroviário já registrado em São Paulo. Outros 27 itens estão em estudo.
“É necessário preservar e recuperar este patrimônio histórico, lembrar o importante papel que teve no desenvolvimento das cidades paulistas, depois abandonado pelos dirigentes do estado e do país. O SIMEFRE trabalha para mostrar o passado, e fazer com que as ferrovias de passageiros, trens regionais e short lines, retomem com toda a urgência”, explica Francisco Petrini, Diretor Executivo do SIMEFRE.
O Condephaat considerou que os bens são representativos da memória ferroviária paulista e do Brasil.
Estão espalhados pelos remanescentes de antigas ferrovias como Paulista, Mogiana, Central do Brasil, Sorocabana, São Paulo Railway e Santos-Jundiaí.
Muitos estão deteriorados ou sofreram vandalismo. A expectativa é de que, com o tombamento, que restringe intervenções ou outra destinação a esses bens, sejam captados recursos para restauro e conservação.
A resolução protege 17 locomotivas a vapor que puxaram vagões nos primórdios do modal ferroviário paulista, como a ‘Maria Fumaça’ 200, fabricada em 1891 e adquirida pela Paulista, atualmente exposta em Garça.
Outras três locomotivas do século 19 – a 405, de 1892, da Mogiana; a 604, de 1885, que rodou pela Paulista, e a 302, de 1896, da Mogiana, estão em Campinas.
O tombamento abrange também o material rodante que marcou o processo de eletrificação ferroviária no Estado. Destacam-se uma locomotiva elétrica centenária fabricada pela General Eletric em 1921 e outra da Metropolitan Vickers, de 1926. São várias “Baratinhas”, “Lobas”, “Mini-Saias”, “Pimentinhas”, “Pão-de-Forma” e “Baratão”, apelidos dados às locomotivas levando em conta seu formato.