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Mulheres no trilho: maquinista e gestora de ferrovia superam desafios para se realizarem profissionalmente
8 de março de 2021
As duas atuam em uma empresa de logística e contam com orgulho sobre seus cargos
Neste Dia Internacional da Mulher é preciso saber algo importante: elas estão nos trilhos, na verdade estão lá há muito tempo. Você pode até não saber, mas as mulheres estão cada vez mais presentes em profissões tidas por muito tempo como “para homens”.
Aqui em Belo Horizonte, por exemplo, já temos uma mulher maquinista: Bruna Daniele, de 37 anos, vem de uma família de trabalhadores dessa área e ela não fugiu à regra. Mesmo sendo de fato ainda um espaço muito masculino, ela rompeu as barreiras e foi a primeira maquinista do ramal de BH.
“O meu gosto pela ferrovia é familiar, meu avô era ferroviário, meu irmão também é, então desde criança eu já tenho contato, já ouço histórias sobre ferrovia, daí veio crescendo a minha vontade. Eu tenho orgulho de ser maquinista, tenho prazer de contar para as pessoas, eu tenho prazer de mostrar vídeos e fotos. Eu não encontrei obstáculos para seguir essa carreira, eu encontrei foi apoio dos colegas, dos meus supervisores para exercer essa profissão.”
Bruna diz que se sente na responsabilidade de mostrar para as mulheres que elas podem ocupar os lugares que desejam.
“É uma responsabilidade muito grande mostrar para as mulheres que essa profissão nós podemos exercer igual aos homens, apresentarmos os mesmos resultados apesar de muitos acharem que não, que é um ambiente masculino. A cada ano que passa cresce muito a participação do público feminino no setor ferroviário e eu sou um exemplo disso, eu faço parte dessa mudança na sociedade. Nós mulheres buscamos espaços iguais e oportunidades mais justas para todos, seja na ferrovia, na logística e em outros ramos.”
Bruna trabalha na VLI Multimodal, empresa que oferece soluções logísticas para os meios de transporte, e onde há também mulheres no cargo de liderança. É o caso da Renata Sena, de 38 anos, que é supervisora de operações ferroviárias. Renata, que já veio de uma trajetória onde se acostumou a ser a única mulher no seu meio, relata com orgulho como esse cenário vem mudando com o passar do tempo.
“Há 10 anos atrás eu assumi uma supervisão na Grande BH, com isso fui abrindo portas para novas mulheres. Hoje várias mulheres dentro da empresa ocupam vários cargos. Hoje a mulher pode ocupar o espaço que ela deseja, depende da sua competência e do seu dia a dia, do seu esforço. Eu tenho muito orgulho hoje da minha carreira profissional, de estar atuando, de ter sido a primeira mulher a abrir as portas para as várias mulheres mostrando que elas são capazes de estar aonde elas querem estar.”
Elas estão nos trilhos, nas ferrovias, onde elas quiserem e já ficou claro para todo mundo que ninguém para esse trem.