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SIMEFRE participa de audiência sobre rumos dos sistemas rodoviário e ferroviário
3 de junho de 2024
Pensar como a infraestrutura de transportes pode contribuir para a reindustrialização e o desenvolvimento do Brasil. Discutir como o setor pode crescer de maneira lucrativa e também sustentável. Esses foram alguns dos temas debatidos na última terça-feira (28), em São Paulo, durante a audiência pública realizada pelo Ministério dos Transportes (MT).
Ao longo do evento, que aconteceu na Fiesp, a sociedade, acadêmicos e representantes das maiores concessionárias que atuam no país, puderam contribuir com sugestões para a elaboração dos Planos Setoriais Rodoviário e Ferroviário. Entre os presentes estavam os vice-presidentes do SIMEFRE, Massimo Giavina, e Nilton Prascidelli e o diretor executivo, Francisco Petrini.
Na audiência, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, destacou a importância dos Planos Setoriais Ferroviário e Rodoviário debatidos na ocasião e que são parte do Planejamento Integrado de Transportes (PIT), que tem por objetivo formar uma carteira de empreendimentos relevantes ao setor em um horizonte de até 2035. “A participação do público de modo geral é fundamental para que as ações da pasta ocorram em consonância com as demandas da população”, destacou Santoro.
Para o diretor do Departamento de Infraestrutura da Fiesp, Júlio Ramundo, o planejamento e a execução de um plano de logística de longo prazo são fundamentais para o processo de reindustrialização e retomada do desenvolvimento do país.
Segundo Massimo Giavina, esse evento mostra o grande empenho do Ministério dos Transportes, que está baseado em uma metodologia extremamente forte, porém em dados que não são confiáveis. Ele aponta que esses dados passarão a ser confiáveis com a contratação da consultoria Dom Cabral e, a partir daí, haverá um plano consistente para 2055.
“O plano de 2035 não pode ser considerado, pois existem falhas nos dados de base. É importante que a sociedade ferroviária contribua e seja vigilante para que todas as nuances que podem influenciar uma decisão de prioridade dos traçados sejam consideradas”, finalizou Giavina.
Em complemento, Nilton Prascidelli destacou que em seus anos de carreira na indústria, tem visto o PIT como um trabalho de estado, e não só de governo, o que é importante para que vejamos continuidade. Entretanto, ele lamentou que no primeiro ciclo do projeto não foi considerado o transporte de passageiros, mas que o SIMEFRE espera que seja contado no próximo ciclo.
Prascidelli expressou preocupações com a informação levantada por Giavina. “Sabemos que temos uma indústria altamente moderna e tecnológica, mas foi levado em conta a quantidade de vagões e carga existentes? Conhecemos de fato quanto há de vagões disponíveis para transportar?”
Ele trouxe ao debate dados da ANTT que mostram que há no país 153 mil vagões de carga, 122 mil em circulação e mais de 22.500 com no mínimo 50 anos. “Sendo assim, temos baixa produtividade e baixa capacidade de transporte das ferrovias. Como se analisa nesse plano a viabilidade para fazer renovação dessa frota antes que esse projeto se conclua?”
Em suma, o Ministério dos Transportes se colocou à disposição para receber sugestões e contribuições que serão analisadas. “Agora vamos seguir para a fase complementar, receber sugestões pelas redes sociais e através de e-mail. Também estamos abertos para fazer reuniões bilaterais de qualquer entidade ou empresa que queira colaborar de forma segmentada”, acrescentou o secretário-executivo do MT, George Santoro.
Fonte: Gov.br