Setor defende retirar de circulação ônibus com mais de 20 anos

Por: anaazevedo

Publicado em 1 de dezembro de 2025 - Atualizado em 1 de dezembro de 2025 às 11:54

Apesar do ano difícil, o mercado de ônibus deve crescer 3% na comparação com o ano de 2024. A previsão é do diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), Ruben Bisi. Segundo ele, a base até outubro de 2025 foi de 23.259 unidades e no mesmo período de 2024 foi de 22.817 unidades, ou seja, um aumento de 1,9%.

A expectativa para 2026 é positiva, embora na avaliação do diretor do SIMEFRE, fatores como as eleições possam impactar o mercado. “A necessidade de renovação da frota continua tanto no segmento urbano, quanto rodoviário, mas fica difícil fazer uma previsão mais apropriada para o volume de 2026, entretanto, acreditamos ser possível repetir aproximadamente o mesmo volume de 2025.”

Graças aos aportes de recursos para infraestrutura em 2024 e para ônibus urbanos no PAC 3 mobilidade, e também na compra de ônibus do Caminho da Escola, através do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), as perspectivas são positivas nos dois segmentos. No escolar existe a tomada de preços do Edital do Caminho da Escola, com uma média de 7.470 unidades.

Outro segmento que permanece aquecido é o de turismo, em função de um aumento de demanda interna. Bisi também ressalta a questão da eletrificação. “Até o mês de outubro de 2025, houve aumento de 65% em número de unidades produzidas em relação ao ano de 2024. Esse é um forte indicativo de aumento para 2026.”

Ao lado da eletrificação o uso da Inteligência Artificial (IA) também começa a crescer no mercado, embora, segundo o diretor do SIMEFRE, ela ainda não possa ser considerada relevante. “Estão sendo utilizadas técnicas de IA, mas não temos ainda uma influência na produção”.

Rubem Bisi ressalta que por conta da pandemia e devido aos diversos ajustes que foram necessários em todos os setores envolvidos, a frota envelheceu e a idade média subiu muito. Embora os números sejam positivos em 2024 e 2025, existe um potencial de recuperar as vendas e diminuir a idade média, mas as altas taxas de juros, preços dos insumos, preços dos combustíveis, diminuição do número de passageiros, continuam retardando as compras em volumes maiores.

“Outro ponto crucial e que nos preocupa, apesar da indústria nacional ter avançado significativamente com novas tecnologias para os ônibus elétricos, é a entrada de produtos chineses sem enfrentar o custo Brasil e com subsídios cruzados, quebrando assim a Isonomia concorrencial.

Referente à descarbonização nos sistemas de transporte o melhor programa seria incentivar através de programas governamentais a retirada de circulação dos 75 mil veículos com mais de 20 anos”, finaliza.

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