Reunião DV2R – Setores precisam reagir

10 de novembro de 2016

Os principais temas ligados aos mercados de duas rodas foram abordados durante a reunião mensal do Departamento de Veículos de Duas Rodas – DV2R, do SIMEFRE. A reunião aconteceu no dia 15 de setembro, na sede do Sindicato e mais uma vez teve como um dos destaques o Acordo Mercosul X União Europeia.
Presente ao evento o vice-presidente do SIMEFRE, Auro Levorin lembrou que os empresários brasileiros possuem como principais concorrentes os asiáticos e que infelizmente as “armas” que eles utilizam nem sempre são leais. “Estamos falando de um concorrente desleal. Enquanto estamos aqui em um país onde a carga tributária nos desfavorece, as normas são extremamente complicadas de serem atendidas, o financiamento é caro, a logística é deficiente, temos um concorrente que faz tudo ao contrário, incentiva a exportação, desburocratiza e, pior, trabalha com armas desleais como dumpping, não obedece as normas, incentiva falta de tributação, então temos uma concorrência muito desleal.”
Na opinião de Levorin, para defender a indústria nacional o primeiro passo é “tirar do nosso pé essa concorrência desleal que de alguma forma vai mordendo nosso calcanhar enquanto estamos preocupados com outras coisas.” O segundo passo é exigir do governo condições para que a indústria consiga concorrer fora do país. O governo precisa ter políticas de defesa comercial que sejam eficientes, tanto no âmbito da defesa comercial quanto da receita federal, no caso de produtos superfaturados, explica.
O gerente de Assuntos Corporativos, Carlos Gomes, coordenador do Departamento, destacou ainda a participação do SIMEFRE no Fórum Amazônico, que acontecerá no dia 11 de novembro, em Manaus, com objetivo de apresentar e discutir temas estratégicos e pragmáticos sobre o comércio exterior na Amazônia a luz das perspectivas de inserção dos produtos amazônicos no mercado internacional e os entraves e soluções logísticas neste contexto.
Na opinião de Levorin essa será uma boa oportunidade para mostrar a dimensão do SIMEFRE. “Nossa participação no mercado não é pequena, o número de empresas e empregados que o SIMEFRE representa no país é significativo. Precisamos mostrar as dificuldades que estamos enfrentando.”
Em relação a esse tema, Carlos Gomes aproveitou para mostrar um estudo feito pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que mostra a participação de cada grupo o SIMEFRE no valor da produção industrial.
A pesquisa aponta números sobre faturamento, empregos, indústrias, participação no PIB e um diagnóstico dos efeitos da concorrência desleal finalizando com uma proposta de Plano Estratégico do SIMEFRE, que envolve, defesa comercial; polo de 2 rodas em Manaus e estímulo à exportação.