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Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários

PRESIDENTE DO SIMEFRE PARTICIPA DA ABERTURA DA METROFERR

10 de novembro de 2016


 
O presidente do SIMEFRE, José Antonio Fernandes Martins, participou da cerimônia de abertura da 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada no dia 13 de setembro. Na maioria dos discursos a crise política e econômica foi colocada como uma oportunidade para avanços e busca de recursos em respeito ao lema Investir e Avançar com Eficiência, do congresso.
 
Abrindo o evento, Emiliano Stanislau Affonso Neto, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, disse que o Congresso anual da entidade será um dos primeiros a avaliar as perspectivas da mobilidade urbana diante da nova realidade político-institucional resultante da crise político-jurídica. Os debates terão participação de dezenas de especialistas do Brasil e do exterior além de autoridades responsáveis por políticas públicas que debaterão a integração física e tarifária, o equilíbrio dos sistemas, a gestão das regiões metropolitanas e o papel do transporte ferroviário das metrópoles.
O presidente do SIMEFRE  contou aos congressistas sobre o encontro que manteve, na segunda-feira (12/09) com o ministro da Casa Civil do governo Temer, Eliseu Padilha, do qual saiu muito entusiasmado. Padilha lhe assegurou que a aprovação do teto para as despesas do governo com reajustes anuais pela inflação e a da reforma da Previdência Social possibilitarão em quatro anos colocar a máquina do Brasil a girar em direção ao crescimento econômico. “Saí esperançoso e confiante, com o novo governo, que é sério, correto, porque montou a melhor equipe econômica que o Brasil já teve, com nomes certos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES, na Petrobras, no Banco do Brasil e na Caixa. Ele citou os efeitos da crise econômica no setor automotivo. No período janeiro-julho deste ano a queda nas vendas foi de 28%, comparadas com igual período de 2015. “Se compararmos com 2014, a redução chega a 57%”, reforçou. Martins criticou as taxas de juros praticadas pelo BNDES para financiamento de ônibus e de implementos rodoviários, que variam de 17 a 18%, sendo que não há atividade alguma que tenha esse retorno
Clodoaldo Pellissioni, secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo citou a crise econômica como responsável pelas dificuldades na sua área. Só em 2016, o Estado deixará de arrecadar R$10 bilhões; o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos-CPTM registraram queda de 300 mil passageiros cada um por dia. Por isso, o governo reuniu o Comitê de Gastos e o Metrô iniciou um programa de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir custos.
Mesmo assim, Pellissioni afirmou que o Estado está investindo R$ 30 bilhões em oito grandes obras. Em 2015 os investimentos foram de R$ 4,8 bilhões. São 50 novas estações, 45 novos trens, afora a modernização de outros trens. Ele disse também que a Linha 6 está parada, apesar de ter 14 frentes de trabalho, por falta de liberação de recursos pelo BNDES.
O Metrô de São Paulo, segundo seu presidente Paulo Menezes Figueiredo, quer oferecer um serviço cada vez melhor para seus clientes, por isso tem investido R$ 2 bilhões por ano em média, com recursos do Estado, BNDES e Banco Mundial para continuar sendo o sistema de melhor avaliação de São Paulo.
Luiz Valença, presidente da CCR Metrô da Bahia, destacou as obras que vem fazendo em Salvador: em oito meses colocou a funcionar a linha 1 do metrô que havia ficado 15 anos parada. São 12 quilômetros e 12 estações. As obras da linha 2 com 22 km e 12 estações, iniciada em fevereiro de 2015, já tem 60% construída e deve funcionar a partir de agosto de 2017. O metrô de Salvador é o segundo concedido à iniciativa privada. O primeiro foi há 10 anos, em São Paulo, a Linha 4-Amarela, para o mesmo grupo econômico.
A CPTM promoveu aos participantes do congresso da AEAMESP uma visita à Linha 13 de trem, que vai ligar a Estação Engenheiro Goulart ao Aeroporto de Guarulhos e que deve começar a operar em 2018. O presidente da empresa, Paulo Magalhães, disse que a linha já é uma realidade.
A cerimônia de abertura foi encerrada com o discurso da vice-governadora do Paraná Cida Borghetti, que anunciou três obras ferroviárias pelo governo estadual: o chamado trem “pé vermelho”, uma linha intermunicipal de 120 km que vai interligar as cidades do norte do Estado: Maringá, Londrina e Apucarana; outra deverá ser o corredor de exportação para o Porto de Paranaguá e uma linha suburbana que vai interligar a capital e região metropolitana.