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Mercados de peças e partes tem comportamento distinto entre bicicletas e motocicletas
6 de dezembro de 2023
Para entender o mercado de peças e partes de bicicletas e motocicletas é importante entender que eles possuem duas influências importantes: os equipamentos originais (EO) e a revenda (R) e sofrem a concorrência com produtos importados, em função da demanda externa dos produtos e da taxa de câmbio, que influenciam no fluxo de importações.
Segundo o diretor do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), Auro Levorin, internamente no EO houve uma redução importante nas vendas de bicicletas e aumento nas motocicletas. A reposição de peças para o mercado interno reagiu bem ao crescimento econômico e acompanhou o PIB.
Nas importações o comportamento entre os mercados de bicicleta e motocicleta foi bastante distinto, em função da queda da demanda externa. “Houve ainda uma redução nos preços dos produtos importados, que aliado à retração do câmbio, criou uma condição melhor para os importados”, explica.
No mercado de bicicletas essa vantagem competitiva dos importados não se traduziu em aumento de importações no País, pelo contrário, as importações reduziram e acompanharam a queda do mercado.
Mantendo a tendência de crescimento dos últimos anos, o mercado de motocicletas viu as importações aumentarem “mais que proporcionalmente ao crescimento do mercado”.
Bicicletas
O veículo tem reduzido as vendas nos últimos anos em função da falta de estrutura, qualidade dos produtos, anseio do consumidor em ter outros veículos. “Essa percepção reduz também a reposição de peças. O que tem crescido é o mercado de bicicletas mais sofisticadas e as elétricas, mas essas ainda têm pequena participação no mercado”.
Motocicletas
O veículo tem mantido uma crescente e puxando a produção interna destinada tanto ao EO quanto para à reposição. “A preocupação vem pelo grande interesse que nosso mercado tem despertado em exportadores e distribuidores locais o que tem provocado elevação constante das importações”.
Importação
Ainda continuamos a perder mercado para os produtos importados que têm vantagens competitivas e provocam concorrência desleal contra a indústria local.
Exportação
O Brasil não tem capacidade de competir com os concorrentes asiáticos que subsidiam os produtores locais e ainda têm menor custo na comparação com o chamado Custo Brasil. Em função disto as exportações brasileiras podem ser consideradas insignificantes no contexto mundial.
Perspectivas
Para 2024, Levorin, acredita que o mercado seguirá ainda a mesma tendência, ou seja, aumento da produção de motos e em consequência da venda de partes e peças e manutenção do mercado de bicicletas.