Indústria ferroviária de passageiros perde espaço em 2025
Por: anaazevedo
Publicado em 1 de dezembro de 2025 - Atualizado em 1 de dezembro de 2025 às 11:43

A indústria nacional de carros de passageiros não tem muito o que comemorar em 2025. De acordo com o 1º vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), Massimo Giavina, o governo, através da ANTT, BNDES e MDIC, tem que impor a participação da indústria brasileira nas concorrências, pois caso contrário existe o risco da indústria local perder espaço, como ocorreu em países como a Argentina.
Giavina explica que na produção de carros de passageiros, a Alstom foi praticamente exclusiva no Brasil. A CRRC iniciou a entrega para o Demetrô e a Marcopolo entregou o VLT para o Chile. “Todas as concorrências deste ano foram vencidas pela CRRC – Metrô de São Paulo, Demetrô e TIC e, somente a Marcopolo venceu para o fornecimento de VLT na região norte do Brasil. Na parte de carga, houve produção de mais de 1000 vagões e 50 locomotivas, número abaixo da capacidade da indústria.”

A grande participação da indústria chinesa no mercado brasileiro, acredita Giavina, se deve à falta de regras adequadas, como condições de financiamento e ações para a inclusão da indústria nacional nas concorrências. “Os programas do Governo, apesar de reconhecida a sua importância, ainda estão muito incipientes em relação à política de transporte de passageiros e ainda faltam alguns regramentos operacionais no transporte de carga, através da ANTT.”
Enquanto isso, a capacidade instalada da indústria ferroviária nacional permanece a mesma, tanto para veículos de passageiros, quanto de carga. Giavina lembra o trabalho que vem sendo realizado pelo SIMEFRE em parceria com a ABIFER e a Frente Parlamentar, buscando demonstrar aos órgãos Federais e ao Ministério da Fazenda, o quanto a indústria ferroviária é estratégica para o Brasil, tanto no transporte, quanto na geração de empregos.
Quadro de empregos
