Honda, Kawasaki, Yamaha e Suzuki estão se unindo para pesquisar o uso de hidrogênio como um combustível alternativo direto para motores a gasolina. O big four se reuniu para anunciar a formação da HySE “Hydrogen Small Mobility and Engine Technology”. O grupo de tecnologia de motores e mobilidade com hidrogênio irá analisar todos os aspectos práticos para ver se o hidrogênio pode funcionar como um combustível alternativo para motocicletas, enquanto os carros se descarbonizam por meio da eletrificação.

As quatro empresas dividiram as tarefas entre elas. A Honda se concentrará no desenvolvimento de modelos, enquanto a Kawasaki analisará os sistemas auxiliares, como o fornecimento de combustível e os tanques. A Yamaha pesquisará como tornar o abastecimento com hidrogênio altamente volátil um processo mais seguro, bem como testará motores de hidrogênio, junto com a Kawasaki.

“Estamos comprometidos com essa empreitada”, disse Kenji Komatsu, indicado para presidente da HySE. “Com um senso de missão de preservar o uso de motores de combustão interna.”

No entanto, a transição do uso de gasolina para hidrogênio enfrenta grandes desafios técnicos. Além da necessidade de abastecimento seguro e de tanques mais robustos (para proteger o combustível em caso de acidente), o hidrogênio queima em uma velocidade diferente da gasolina, o que exigiria uma grande reformulação dos motores para utilizá-lo.

O obstáculo final é a baixa eficiência e o alto custo. O hidrogênio como um combustível alternativo direto tem custos “do poço à roda” muito maiores do que os sistemas elétricos de bateria ou uma célula de combustível de hidrogênio. Um estudo realizado pela consultoria de gestão Horvath & Partners descobriu que os trens de transmissão elétricos a bateria têm uma eficiência geral de 70-80%, as células de combustível de hidrogênio têm 25-35% e os combustíveis alternativos têm 10-20%. Acrescente a falta de economias de escala para o mercado de motocicletas e o preço alto de se abastecer com hidrogênio.