• Opening Hours Monday to Saturday - 8am to 9pm
Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários

Comissão visita Centro de Controle e Operação (CCO) em defesa do do VLT Cuiabá

10 de março de 2021


Grupo pede a retomada das obras e afirma que há dinheiro para finalizar a primeira etapa.

 

Uma comissão formada por Jean Pejo, ex-secretário de Mobilidade Urbana;  o presidente do Movimento Pró-VLT, Vicente Vuolo;  Silvia Cristina Silva, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (ANPTRILHOS) e representantes da Caixa Econômica Federal, fez uma visita, na seguda-feira (8), ao CCO do VLT em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, e defendeu a retomada da obra. No fim de 2020, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou que iria substituir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para a instalação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) movido a eletricidade.

 

O objetivo do movimento, que conta com o apoio do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), é reunir especialistas no setor para que eles avaliem – diante do que já se tem concluído e adquirido para o VLT, se a retomada das obras desse modal de transporte é viável ou não. O SIMEFRE, inclusive, já protocolou, junto ao governo de Mato Grosso, pedido formal de informações sobre os elementos que guiaram a decisão do Executivo pela troca do modal de mobilidade urbana na Grande Cuiabá, de VLT para BRT.

 

A comissão afirma que o dinheiro que tem na conta do VLT, cerca de R$ 193 milhões, é suficiente para finalizar a primeira etapa aeroporto de Várzea Grande até o bairro Porto em Cuiabá, e que o restante (até o CPA e Coxipó) poderia vir com a iniciativa privada por meio de parceria público-privada (PPP).

 

Segundo o movimento, as vantagens que o governador colocou para o BRT são do VLT, e que cada vagão do modal tem capacidade para 400 pessoas. Se estivesse rodando, seriam 400 mil usuários beneficiados.

 

BRT X VLT

 

Segundo o governador, a decisão da substituição levou em conta estudos técnicos elaborados pelo estado e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, que concluíram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável” e demoraria mais seis anos para conclusão. Além disso, o estudo apontou diversos riscos na hipótese de implantação do VLT, como o valor da tarifa, orçada em R$ 5,28, – montante muito superior ao do transporte coletivo praticado na Baixada Cuiabana, que é de R$ 4,10. Na hipótese de instalação do BRT, a tarifa ficaria na faixa de R$ 3,04.

 

Outro ponto negativo do VLT estaria no subsídio que o Governo de Mato Grosso teria que pagar para que o modal funcionasse: R$ 23,2 milhões por ano. Com o BRT, a estimativa é que a implantação ocorra em até 22 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço para início das obras. O custo de implantação também é consideravelmente menor. Enquanto o VLT consumiria mais R$ 763 milhões, além do R$ 1,08 bilhão já pago, o BRT está orçado em R$ 430 milhões, já com a aquisição de 54 ônibus elétricos.