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Alstom vai fornecer 58 novos trens para São Paulo: 36 para as linhas 8 e 9 (CPTM) e 22 para a linha 6 (Metrô), diz Doria
7 de outubro de 2021
Governo anunciou a retomada e ampliação da fábrica em Taubaté com previsão de geração de 750 empregos; Para o exterior, serão mais de 70 trens
ADAMO BAZANI
A Alstom vai fornecer 58 novos trens para o sistema metroferroviário de São Paulo, sendo 22 composições com seis carros cada para a linha 6-Laranja do Metrô, que está sendo construída, e 36 trens para as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), com oito carros cada. As duas linhas da CPTM foram concedidas à iniciativa privada e a partir de 25 de janeiro de 2022, passarão a ser operadas pelo consórcio ViaMobilidade 8 e 9, composto pela CCR e RuasInvest (que reúne empresários de ônibus).
A informação foi divulgada nesta terça-feira, 05 de outubro de 2021, pelo governo do Estado, quando o governador João Doria, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, e outra autoridades estiveram na cerimônia de anúncio de expansão da fábrica da Alstom, em Taubaté, no interior paulista.
A estimativa é que para atender a estes contratos para os transportes metropolitanos de São Paulo e pedidos internacionais, sejam gerados entre 700 e 750 empregos.
Doria explicou, por meio de nota, que contando as encomendas de São Paulo e os trens que serão exportados, a Alston deve fornecer em torno de 130 composições metroferroviárias.
“Essa é uma data muito importante, da retomada da produção nesta grande fábrica que, acreditando na região do Vale do Paraíba, no estado de SP e no Brasil, aqui fez investimentos expressivos. E agora retoma com grande força, com cinco novos contratos nacionais e internacionais para fornecimento de mais 130 trens. Isso é o renascimento da indústria de trens no Brasil. Isso tem importância estratégica para o Brasil”, disse
Segundo o secretário Alexandre Baldy, na mesma nota, “o aumento da produção industrial, propiciado pelas concessões metroferroviárias à iniciativa privada, fomenta o mercado de trabalho e favorece a geração de novos empregos”
A linha 6-Laranja do Metrô vai ligar a estação São Joaquim, na região central, à região da Brasilândia, na zona Noroeste, e é chamada linha das universidades pela quantidade de estabelecimentos de ensino que vai atender.
Já as linhas 8 – Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes) e 9-Esmeralda (Osasco/Grajaú, com prolongamento até Varinha são as que possuem atualmente maior demanda de passageiros da rede da CPTM, com mais de um milhão de passageiros por dia (número sem considerar a queda de demanda pela pandemia de covid-19).
PEDIDOS PARA SÃO PAULO:
Na mesma nota, a gestão explica em linhas gerais as encomendas para São Paulo.
Linhas 8 e 9
Para as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da rede de Trens Metropolitanos de São Paulo, serão adquiridos 36 novos trens. As composições contarão com oito carros cada e espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida, além de serem equipados com tecnologias modernas para contagem de passageiros, mapas dinâmicos de linhas, monitores, vigilância por vídeo, detectores e extintores de incêndio. Diariamente, cerca de 1,1 milhão de passageiros serão transportados nas duas linhas, que atenderão, principalmente, a região sul da capital e municípios do oeste da Região Metropolitana de SP.
Linha 6
Já para a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, serão fornecidos 22 trens, com seis carros cada, envolvendo montagem, equipamentos de tração e materiais, como portas, computação de bordo, sistemas de ar-condicionado e as suas respectivas garantias. A linha, que ligará o centro à zona norte da capital, deverá transportar diariamente mais de 630 mil passageiros por dia.
AMPLIAÇÃO DA FÁBRICA:
Os mais 130 trens, entre os 58 para São Paulo e mais de 72 para exportação, terão cerca de 750 carros (o nome correto para “vagão”).
Para atender a esta demanda, as áreas produtivas da fábrica serão ampliadas e devem ser contratados entre 700 e 750 trabalhadores, a maioria morando em Taubaté ou cidades vizinhas.
A mão de obra para a fabricação de veículos de transporte coletivo de grande porte, como ônibus e trens, precisa ser especializada.
Por este motivo, a Alstom vai promover cursos de capacitação de mão de obra juntamente com o SENAI Taubaté.
“Investir no país e saber que a empresa é a responsável pela mobilidade de milhões de pessoas em grandes cidades como São Paulo, além de Taipei e Bucareste, é motivo de grande orgulho para todos os funcionários da Alstom no Brasil”, disse na mesma nota o vice-presidente Sênior da Alstom para a América Latina, Michel Boccaccio.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes