DR – Departamento de Implemento Rodoviário

A indústria de implementos rodoviários, como fabricante de produtos que complementam o chassi do caminhão e lhe conferem função, tem um papel decisivo no setor de transportes.

A versatilidade desse setor permite uma ampla variedade de equipamentos, tanto em dimensões quanto em especificações, que vão desde a qualidade e durabilidade até os mais sofisticados detalhes técnicos.

Produtos fabricados pelo setor
Essa indústria é capaz de produzir uma grande gama de implementos, incluindo:

  • Semi-reboques e reboques;
  • Caçambas basculantes;
  • Coletores de lixo;
  • Carrocerias de madeira sobre chassis;
  • Eixos auxiliares, quinta-roda, trailers e rebocados leves;
  • Furgões e tanques, que variam da simplicidade à sofisticação;
  • Equipamentos intermodais e containers.

A força da indústria nacional
O setor de Implementos Rodoviários é totalmente nacional, sem dependência de importações. Ele é caracterizado por um alto índice de tecnologia própria e pela utilização quase total de matérias-primas e componentes nacionais. Tendo suas raízes nos anos 50, o setor cresceu para atender à crescente demanda, chegando a transportar até 80% do volume de cargas no Brasil e mantendo-se responsável por aproximadamente 65% dessa movimentação atualmente.

Adaptabilidade e desenvolvimento tecnológico
Gradualmente, os produtos brasileiros ganharam forma e personalidade, adequados às particularidades logísticas e econômicas do país.

  • Logística: devido à malha viária existente, que incluía estradas vicinais e rodovias não pavimentadas, exigia-se produtos resistentes. Os equipamentos precisavam atender às diversas condições de demanda, onde quer que estivessem.
  • Economia: na época, era mais viável a produção de caminhões tratores com eixo traseiro simples. Para melhor aproveitamento da capacidade de carga, o setor criou o “sistema brasileiro” ao incorporar um eixo adicional ao semi-reboque.

Contribuição econômica e inovação
Esse esforço e criatividade não apenas resolveram problemas internos, como também contribuíram para a balança comercial do país, por meio de exportações crescentes de produtos 100% nacionais, tanto em matérias-primas quanto em mão de obra e tecnologia.

Componentes e sistemas ferroviários
Além dos implementos rodoviários, a indústria também fabrica uma variedade de componentes e sistemas ferroviários, como:

  • Rodas, eixos, truques e seus componentes para vagões de carga;
  • Truques para carros de todos os tipos;
  • Engates automáticos, aparelhos de choque e tração, rolamentos;
  • Sistemas de freios e mecanismos para acionamento de portas;
  • Ajustadores automáticos de folga, motores de tração, geradores e equipamentos elétricos para veículos ferroviários;
  • Equipamentos de sinalização, subestações alimentadoras, telecomando e telemedição, mudança de via, e diversos apetrechos para a via permanente.

Planos e Metas

  • Implementação urgente de um plano de recuperação das estradas, que se encontram em condições precárias, afetando a segurança e a vida útil de ônibus e caminhões.
  • Desenvolver uma política para o transporte público, especialmente em grandes centros urbanos, onde o transporte urbano por ônibus, majoritariamente privatizado, atende cerca de 75 a 80% da população.

  • Ampliação dos prazos de financiamento da FINAME.
  • Propugnar por melhores condições de financiamento, incluindo FINAME e PROEX, e planos de financiamento de exportações pelo FINAMEX para ônibus, caminhões e implementos rodoviários.
  • Renovação da frota de transporte coletivo por meio de financiamentos integrados e estabelecimento de tarifas justas, fixadas tecnicamente.
  • Estabelecimento de parcerias com o poder público para investimento e operação de transporte.

  • Combater a importação de ônibus usados, frequentemente mascarada como “doação,” e o contrabando disfarçado de semi-reboques, que ameaça a indústria nacional de ônibus e implementos rodoviários.

  • Criação de um Instituto para a aprovação e certificação de veículos coletivos, garantindo o desenvolvimento tecnológico e a segurança.
  • Implementação de programas de qualidade para fabricantes de trailers, motorhomes e reboques leves, além de campings.
  • Criação de uma cartilha de orientação e segurança para motoristas de trailers, motorhomes e reboques leves.
  • Intensificação dos trabalhos de normalização técnica, com revisão das normas CONMETRO, DNER, e DER, e melhoria do relacionamento com órgãos como CONTRAN e DENATRAN, buscando representatividade nesses órgãos.

  • Expansão do uso de ônibus a gás, dentro de uma política de valorização do meio ambiente.
  • Implantação de sistemas de transporte em vias segregadas, promovendo maior eficiência e segurança.

  • Criação de sistemas de informação para apoiar pequenos e médios empresários, promovendo sua participação efetiva.
  • Melhorar a comunicação para atender a grande quantidade de empresas de transporte espalhadas pelo país.

  • Intensificar as relações e a cooperação no âmbito do MERCOSUL, para promover o transporte rodoviário e a indústria de campismo.
  • Desenvolvimento de um programa de divulgação para as atividades de campismo e ecoturismo e organização de feiras de campismo.

ABNT

ÂMBITO DE ATUAÇÃO:

Normalização no campo de implementos rodoviários, compreendendo reboques, semi-reboques, carroçarias para caminhões e contêineres, no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaios e generalidades.

Contato

ABNT/CB-039 – Comitê Brasileiro de Implementos Rodoviários
Superintendente/Gestor: Mário Rinaldi
Secretaria Técnica: ANFIR
Chefe de Secretaria: Rafael Marinho de Oliveira Lima
Fone/Fax: (11) 2972-5560 – Fax: (11) 2972-5570
E-mail: [email protected]
Site: www.abnt.org.br/cb-39